segunda-feira, 6 de abril de 2009

Falando de abobrinhas, aliás, de alfaces

Falando de abobrinhas e alfaces, coisas gostosas de serem comidas, que me fazem lembrar da minha morada onde, graças a Deus, à Nossa Senhora d’Aparecida e ao Frei Galvão, eu e minha mulher, únicos freqüentadores da casa de segunda a sábado, sempre temos no nosso almoço um cardápio variado de legumes e verduras.

Dos nossos filhos, o Gustavo é o mais assíduo comedor das nossas gororobas nos domingos, juntamente com sua esposa Helena e a nossa netinha, a Duda. Tinha que ser, pois moram em Resende.

O outro filho, o Magno, mora no Rio de Janeiro e só esporadicamente pinta por aqui em finais de semana. Acompanha-o sempre a sua mulher, óbvio, a Lígia, mineirinha de São João Del Rey.

Dessa turma toda, apenasmente o Magno acompanha a mim e à Luísa numa forma, diría, vorácica na etapa final da vida de leguminosas e verdurosas, enquanto o restante da tropa fica mais ou menos nos beliscamentos e na observação dos três semi-vegetarianos.

Normalmente, o babaca que prepara os legumes e saladas é o papai aqui. Pros legumes, sou criador de uma manha assaz funcional que evita o uso de muitas panelas ou frigideiras e que é a seguinte: depois de lavados e picados, passo um salzinho neles e coloco-os sobre o arroz que, nessa altura do campeonato, tem o nível da água de cuzimento emparelhado com o nível da sua camada superior. Tampo a panela, aguardo uns 6-8 minutos, dou uma fisgada nos legumes pra checar o grau de cozimento deles (devem ficar crocantes). Se estiverem nesse ponto de bala, recolho-os e os mergulho em água bem gelada, pru modi deles manterem as suas cores bem vivas. É tiro e queda!

São servidos gelados mesmo e temperados de acordo com o gosto do cuzinhador: maionese, sal, azeite, suco de limão ou vinagre... Vocês entendem do que estou falando!

Mas o papo que quero deixar rolar, mesmo, é sobre alfaces. Siguinti: em minha casa todos gostamos demais da alface americana que, quando mastigada, dá, pelo menos pra mim, a sensação de estar triturando uma fina película de gelo na boca. Só que a filha-da-puta é de uma sensibilidade tal que se uma cabeça inteira não for devorada no mesmo dia, corre-se o risco de se perder grande parte da mesma. E se você tiver o azar de adquirir uma que foi colhida há mais de um dia - coisa muito natural nos supermercados desta que será um dia uma grande cidade e por onde passará um trem-bala – e que ficou nos frigoríficos sob temperaturas inadequadas, pode acontecer que mais de cinqüenta por cento dela irá pro beleléu, tamanho é o estrago que a nojenta já sofreu.

E eu resolvi rabiscar esta matéria porque hoje uma cabeça dessa alface me deixou aborrecido pra caraio com o resultado do lamentável aproveitamento de uma cabeça da mesma. Comprei-a ontem, deve ter chegado ao supermercado na quinta, deve ter sido colhida na quarta, daí...

Existe outra alface, tão gostosa como a americana, que ocupa o segundo lugar na minha lista de preferência: é a alface cognominada de fresca (Nada a ver com viadagem!). As beiradas das folhas permitem um arranjo legal, proporcionando um visual bonito na apresentação do prato de salada. Trata-se de uma planta resistente, ao contrário da americana, e seu aproveitamento chega fácil, fácil nos oitenta por cento.

Linhasmente falando, todas as alfaces são gostosas. A frescura de escolher um ou outro tipo é coisa puramente pessoal.

No frigir das berinjelas, mais algumas anotações: sou maluco por cebola crua, chegando a comer uns cem gramas por dia, Luísa as prefere refogadas, só umas rodelas; deteste pepino, pra Luísa, tanto faz; ela tem ojeriza por pimentão verde, ao contrário de mim; ambos detestamos coentro, quando muito, só um cheirinho numa moqueca; detestamos também a tal de trufa, aquele corpo de frutificação de cor escura e comestível dos fungos do gênero Tuber, encontrados na Europa, subterrâneos e associados às raízes de certas árvores. É muito cara! E com certeza não é vendida por ninguém em todo o grande Vale do Paraíba nem na Baixada Fluminense.

É melhor parar por aqui hoje. Em outra oportunidade exporei meus profundos conhecimentos sobre cana-de-acúcar!

I bibida prus músicus pur causa di quê curuja num dormi di tôca!

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