sábado, 7 de julho de 2007

Cazuza, um péssimo exemplo

Recebi esta mensagem, com cujos termos concordo totalmente, por ser pai e ter, junto com minha esposa, Luísa Maria, criado dois filhos maravilhosos, o Magno e o Gustavo, os quais nunca foram acorrentados ou amordaçados por nós, porém, sempre estiveram sob a nossa vigilância.

Uma mãe, após ter visto o filme Cazuza, escreveu:

"Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora: as pessoas estão cultivando ídolos errados.

Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza?

Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele foi, é, no mínimo, inadmissível. Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo/errado. No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos.

A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta.

São esses pais que devemos ter como exemplo?

Cazuza só começou a gravar porque o pai era diretor de uma grande gravadora.

Temos vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou não têm algum conhecido importante. Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitindo que ele trouxe drogas da Inglaterra, ato de um verdadeiro criminoso.

Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não.

Fiquei horrorizada com o culto que fazem a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou.

Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá IBOPE, não rende bilheteria?

Como no comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor.

Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi conseqüência da educação errônea a que foi submetido. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissessem NÃO, quando necessário?

Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor. Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar. Não se preocupem em ser amigos de seus filhos.

Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi a pessoa que mais os amou e foi, é e sempre será o seu melhor amigo, pois amigo não diz SIM sempre."

Karla Christinne Gurgel, Psicóloga Clínica

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- I bibida prus músicus!
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Update em 08.09.07:
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Correção na minha introdução do post: Deixo de concordar totalmente com a crônica da Sra. Karla Christinne Gurgel , pois acho que os pais devem, sim, apoiar seus filhos ao encontro da sua vocação.

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