segunda-feira, 30 de abril de 2007

Exame de Próstata

Um amigo meu, apelidado Carlão, que já era - Moleu! - e que deixou muitas saudades, não somente para mim e, estou seguro em afirmar, igualmente para as centenas de amigos que ele cativou e manteve aqui em Resende e no Rio de Janeiro, muito gozador quando em vida e sobre quem ainda vou escrever uma crônica saudosa e choramingosa para publicá-la neste espaço, me contou a seguinte historinha:

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“- Fui fazer exame de próstata, hoje de manhã. O urologista meteu o dedo sem preliminares e ainda me perguntou:

- Sente alguma coisa?

- Sinto que te amo...”

° ° ° ° ° ° °

Vou apresentar meu comentário sobre essa COISA MUITO SÉRIA PARA NÓS, HOMENS, que a levamos meio na gozação sempre que o assunto vem à baila, mas da qual temos um cagaço filho-da-puta, e, como já observaram, estou e vou utilizar umas palavras que guardo num saquinho de sal, com umas cem gramas do mesmo dentro, retiradas dele e colocadas aqui toda vez que o humor envolver o objetivo da crônica. Os mais puros que me desculpem, mas se eu não fizer assim me dá a impressão de que ficou sem graça.

O urologista a quem Carlão se referia foi meu colega de ginásio, aqui em Resende. Tem uns 2 metros de altura e a mão dele tem uma superfície equivalente a uma vez e meia à da minha, que tenho 1,75 m de altura. Daí dá pra se ter uma noção do seu dedo indicador – comprimento e grossura. Deve ter entrado rasgando tudo, já que ele enfiou o dedo, como o meu amigo disse, sem preliminares!

Não falei nada pro meu amigo, mas eu também vou fazer o meu exame de próstata na semana que vem, coisa que faço anualmente desde há uns 15 anos e que a partir desse exame passará a ser semestral, segundo orientação da pessoa que vou classificar no próximo parágrafo. Nada de anormal! Apenas uma ação preventiva rotineira, posto que até hoje não apresentei nenhum motivo de preocupações, mas a idade (62 anos) me obriga a que seja mais precavido quanto à minha saúde.

Só que para essa atividade eu trato com uma DOUTORA UROLOGISTA e, no caso desse exame, passo batido, pois ela tem o dedo indicador bem piquinininho e também bem fininho! E ela capricha tanto na vaselina utilizada para lambuzar a luva que após o exame tenho que vir correndo pra casa (o consultório da doutora fica a duas quadras, pertinho) para, pelo MENAS, dar uma lavada na bunda.

Se eu não fizer isso o mais rápido possível, ou se demorar em fazer isso, ou me sentar, a vaselina atravessa a cueca e deixa a calça toda marcada, espalhada por ambas as nádegas, parecendo que estou todo cagado, o que todo mundo percebe por causa da mancha na calça, e parecendo-se perfeitamente com a mancha produzida por aquele tipo de merda que produz um fenômeno ímpar da natureza denominado de caganeira, segundo a atual nomenclatura da UNESCO.

E tem mais: se após alguns minutos após a lavada da bunda a gente solta pelo escapamento-costal-inferior do nosso corpo uma baforada do gás comprimido produzido no intestino, a vaselina que tinha ficado guardada nos mais íntimos recônditos das nossas tripas grossas sai batendo palmas junto com ele. E aí começa toda a melecada de novo, na bunda, na cueca e na calça! Para alívio de todos, vaselina não tem odor (Graaaande consolo!), mas o gás que provocou a sua expulsão...

Já um outro amigo meu, que se diz macho pra burro (No fundo, no fundo, sempre tive a impressão que ele é um viado da categoria Narciso. Uma hora dessas apresentarei todas as categorias dessa classe aqui no meu blog.), há uns dez anos, foi fazer esse exame também com um DOUTOR UROLOGISTA e aconteceu o seguinte: o doutor, apesar de usar a luva também besuntada de vaselina, não conseguiu, de jeito nenhum, mesmo forçando o dedo indicador como se fosse uns saca-rolha, porém num vai-e-vem inútil, enfiar o dedo no cu do filho-da-puta. Não tinha jeito, tratava-se de uma missão impossível!. O Luiz (esse realmente é o pré-nome dele) deu uma trancada no próprio cu, segundo ele, inconscientemente, que não tinha nada, mas nada mesmo que conseguisse entrar ali. Nem entrar, nem sair!

O doutor lhe disse calmamente umas dez vezes “- Relaxa, Luiz, isso não dói nada! É só a primeira vez! Olha, vou enfiar bem devagarzinho, tá bom? Porra, Luiz, colabora... relaxa! Depois de tudo pelo qual passará, verá que foi bom pra tua paz de espírito! Então... abra, Luis, dê só uma abridinha!”

Mas, em vão! Até hoje, passados uns dez anos, o Luiz jamais voltou a qualquer urologista. Que Deus proteja a sua próstata!

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PS: Escrevi esta crônica em 24.08.2006. Minha mulher, Luísa, quando me viu editando-a, pediu para lê-la e ao final praguejou: “- Cruz credo, Norival! Você não tem um assunto mais sério, não?”.

I bibida prus músicus!

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