segunda-feira, 19 de março de 2007

Meias-calças para homens: Mudança de Hábito

Comecei falando em mudança e vou continuar com esse assunto, agora falando de cuecas, um acessório muito importante para nós, homens, pois muda-se de cueca todo dia e de vez em quando muda-se o modelo da cueca: antes samba-canção, hoje sunga, boxer, slip. Tem até a tal de fio dental, mas essa só para afrescalhados e bichas, já que a sua construção nada a tem a ver com a finalidade para a qual foi criada, e aqui, neste momento, faço uma pausa nesse assunto e parto pra outro, porque comecei a ter uma convulsão cerebral, daquelas causadas por reações de fluidos misteriosos que circulam nas minhas entranhas, obrigando-me a recitar outra poesia. Senão vejamos:
Procurei no meu Aurélio, que nunca sai do meu lado, o significado do termo cueca, obtendo unicamente a informação da sua obscura vida íntima sob as calças. Aí, muito vivo, pulei pro próximo termo: cueiro = cu + eiro. Cu é cu mesmo e eiro é sufixo nominativo, equivalente a ário que, entre outras serventias, participa de operário (Daí que poderíamos dizer opereiro, não é legal essa?) e outras coisas mais, sendo que considerei a mais importante “lugar onde se guardam coisas”.
Tá! Em princípio, sim, mas acontece que a explicação começou com cu, um furo, um túnel por onde saí bosta e gases comprimidos, cerca de catorze escapes por dia, nas pessoas normais. Como, para mim, a cultura universal sobre a língua portuguesa se esgotou nesse ponto, parti pras minhas próprias elucubrações e deduzo que “eca” deve ser uma palavra do tupi-guarani ou do ianomanês, - Sei lá!, - podendo significar tampão.
Aí fez sentido: cueca = tampão do cu, segura bosta, completa (caso de uma caganeira) ou parcial (aquele restinho que às vezes costuma ficar grudado no fiofó).
E agora, passada a minha convulsão cerebral, volto à cueca fio-dental que, baseado nas minhas sérias explanações lingüísticas anteriores, não serve pra bosta nenhuma, principalmente no caso de uma caganeira!
Continuando, aliás, começando com o tema da abertura deste post, agora os estilistas da empresa inglesa Gerbe inventaram a meia-calça para homens, conforme matéria da BBC, informando que ele (o site colocado à disposição dos interessados) não representa um ponto de encontro de homossexuais ou fetichistas. Já começa a precaução pra quem é homem, e ainda bem, porque senão como é que eu justificaria a minha navegada até ele?
As meias-calças para homens levam em conta o tamanho dos pés e têm maiores dimensões na região da cintura, além de uma abertura transversal como a das cuecas samba-canção. Tem meias-calças com ou sem pés, na cor preta opaca ou transparentes, nos tons da pele ou pretas, para serem usadas com bermudas.
Tem também as meias três-quartos que teriam, segundo o fabricante, o efeito de estimular a circulação sangüínea ou relaxar, para homens que costumam ficar muito tempo em pé ou sentados.
Ora, pombas! Se usar cueca já é um saco, fico imaginando usar sobre ela uma meia-calça, que nada mais é do que uma cueca-calça. E tem o detalhe dos cabelos das pernas ou, dando na mesma, das pernas cabeludas. Reparem que as pernas do modelo da foto aparentam ter sido depiladas, ou barbeadas. E se alguém entrar no site da Gerbe, notará que os modelos, todos, têm os seus rostos resguardados. Vergonha?
Então, fica a notícia aí! Se alguém quiser comprar algumas meias-calças, pode procurá-las em Londres. Pode ser que nessa ocasião eles já as tenham na cor de rosa, lilás, lavanda...
I bibida prus músicus!

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